Dados Estatísticos sobre os Vigilantes no Brasil de 2021 a 2024

A segurança privada desempenha um papel fundamental na proteção de bens, pessoas e patrimônios no Brasil, e os vigilantes são protagonistas nesse cenário. Para entender as dinâmicas dessa profissão, é essencial analisar os Dados Estatísticos sobre os Vigilantes no Brasil de 2021 a 2024 para compreender o perfil e importância dos vigilantes que compõem essa força de trabalho essencial.

Nos últimos anos, o Brasil tem testemunhado transformações significativas nesse setor, refletidas em dados que revelam mudanças no perfil dos profissionais, tanto em termos de gênero, escolaridade, faixa etária e vínculo empregatício.

Este artigo visa apresentar e analisar dados estatísticos relevantes sobre a profissão de vigilante no Brasil, com ênfase nas mudanças nos perfis demográficos, profissionais e de escolaridade dos trabalhadores da segurança privada. Através desses dados, buscaremos oferecer uma visão detalhada da evolução desse segmento vital no país.

Esses números não apenas ilustram a dinâmica da profissão, mas também podem servir como base para políticas de segurança, estratégias de recrutamento e gestão de recursos humanos dentro do setor da segurança privada.

Dados Estatísticos sobre os Vigilantes

Fonte: Departamento de Polícia Federal; Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores (Fenavist); Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
(1) Para os anos de 2021 e 2022, os dados correspondem ao mês de março de cada ano. Para 2023, os dados se referem ao mês de junho. Para 2024, a posição dos dados é o
mês de maio.

Tabela 01 – Vigilantes com vínculos ativos no Brasil

Entre 2021 e 2024, o número de vigilantes com vínculos ativos no Brasil variou significativamente. Em 2021, havia 526.108 profissionais no setor, número que caiu para 495.989 em 2022 e 485.073 em 2023, revelando uma tendência de retração por dois anos consecutivos.

No entanto, em 2024, houve uma forte recuperação, com o total subindo para 530.194, o maior do período. Esse movimento sugere uma revalorização dos serviços de segurança privada, com possível aumento na demanda por proteção patrimonial, contratos públicos e privados ou expansão de empresas do setor.

Tabela 02 – Vigilantes com Vínculos Ativos por Regiões (2021)

Em 2021, o Brasil registrou 526.108 vigilantes com vínculos ativos, dos quais 502.318 atuavam em empresas prestadoras de serviços e 23.790 em equipes orgânicas.

A Região Sudeste concentrou o maior contingente (256.025), seguida pelo Nordeste (104.164) e Sul (78.652).

As regiões Centro-Oeste e Norte apresentaram os menores totais, com 52.080 e 35.187 vigilantes, respectivamente. O predomínio das prestadoras de serviços é evidente em todas as regiões, representando mais de 95% dos vínculos, o que reforça o papel central das empresas terceirizadas na segurança privada no Brasil.

Tabela 03 – Vigilantes com Vínculos Ativos por Regiões (2022)

Em 2022, o Brasil contabilizou 495.989 vigilantes com vínculos ativos, sendo 471.116 vinculados a empresas prestadoras de serviços e 24.873 a equipes orgânicas.

A Região Sudeste liderou com 235.145 profissionais, seguida pelo Nordeste (104.103) e Sul (70.633). Já as regiões Centro-Oeste (51.378) e Norte (34.730) mantiveram os menores totais.

Apesar da queda em relação a 2021, o setor manteve a predominância de vínculos terceirizados, que representaram mais de 94% do total, evidenciando a força das prestadoras no cenário da segurança privada brasileira.

Tabela 04 – Vigilantes com Vínculos Ativos por Regiões (2023)

Em 2023, o Brasil registrou 485.073 vigilantes com vínculos ativos, dos quais 464.060 atuavam em empresas prestadoras de serviços e 21.013 em equipes orgânicas. A Região Sudeste manteve a liderança com 224.521 profissionais, seguida por Nordeste (103.403) e Sul (70.439). O Centro-Oeste contabilizou 49.684 vigilantes, enquanto o Norte teve 37.026.

A participação das prestadoras de serviços seguiu predominante, representando cerca de 96% dos vínculos, refletindo a continuidade da terceirização como principal modelo de atuação na segurança privada brasileira.

Tabela 05 – Vigilantes com Vínculos Ativos por Regiões (2024)

Em 2024, o Brasil contabilizou 530.194 vigilantes com vínculos ativos, sendo 505.862 ligados a prestadoras de serviços e 24.332 a equipes orgânicas.

A Região Sudeste permaneceu na liderança com 245.358 profissionais, seguida pelo Nordeste (110.945) e Sul (77.870). As regiões Centro-Oeste e Norte registraram 55.567 e 40.453 vínculos, respectivamente. O modelo terceirizado seguiu predominante, representando mais de 95% dos vínculos.

O crescimento em relação a 2023 reflete uma retomada no setor de segurança privada, com aumento tanto na atuação regional quanto nacional.

Tabela 06 – Vínculos Ativos de Vigilantes | Região Norte (2021–2024)

Entre 2021 e 2024, a Região Norte registrou um aumento constante no número de vínculos ativos de vigilantes, passando de 35.187 em 2021 para 40.465 em 2024.

O Pará liderou a região, com crescimento contínuo, subindo de 15.286 em 2021 para 16.749 em 2024. Outros estados como Amazonas (9.436), Rondônia (6.212) e Tocantins (2.548) também apresentaram aumento no número de vigilantes. O Acre, apesar de um aumento progressivo, ainda manteve números mais modestos, alcançando 2.611 em 2024. No entanto, o Amapá teve uma ligeira queda em 2023, mas retomou crescimento em 2024, chegando a 1.860 vigilantes.

A região como um todo evidenciou um crescimento considerável no setor de segurança privada nos últimos anos.

Tabela 07 – Vínculos Ativos de Vigilantes | Região Nordeste (2021–2024)

Entre 2021 e 2024, a Região Nordeste apresentou um crescimento no número de vínculos ativos de vigilantes, passando de 104.164 em 2021 para 110.509 em 2024.

Destacando-se, a Bahia manteve uma média estável, com números próximos a 28.000 vigilantes, enquanto Ceará e Pernambuco registraram aumento, alcançando 18.654 e 22.799, respectivamente, em 2024.

Alagoas e Sergipe mostraram uma ligeira variação, mas mantiveram números constantes ao longo dos anos. Pernambuco teve o maior crescimento percentual, subindo de 20.505 em 2021 para 22.799 em 2024.

Estados como Maranhão e Piauí também apresentaram variações positivas, com os números chegando a 10.183 e 4.750, respectivamente. O aumento geral na região reflete uma expansão no setor de segurança privada no Nordeste.

Tabela 08 – Vínculos Ativos de Vigilantes | Região Centro-Oeste (2021–2024)

Entre 2021 e 2024, a Região Centro-Oeste apresentou uma variação no número de vínculos ativos de vigilantes, passando de 52.080 em 2021 para 55.661 em 2024.

O Distrito Federal experimentou uma queda de 24.187 em 2022 para 22.331 em 2024, após uma leve estabilização em 2023. Em contraste, Goiás teve um aumento considerável, subindo de 15.817 em 2021 para 20.316 em 2024. Já Mato Grosso e Mato Grosso do Sul apresentaram variações menores, com números em torno de 7.949 e 5.065, respectivamente, em 2024.

No geral, a região demonstrou um crescimento moderado no número de vigilantes ativos, com destaque para o crescimento de Goiás.

Tabela 09 – Vínculos Ativos de Vigilantes | Região Sudeste (2021–2024)

Na Região Sudeste, o número de vínculos ativos de vigilantes apresentou uma variação de 256.025 em 2021 para 246.184 em 2024.

O Espírito Santo teve uma leve redução, passando de 11.684 em 2021 para 11.555 em 2024. Minas Gerais também registrou uma diminuição, de 34.752 em 2021 para 34.992 em 2024.

O Rio de Janeiro teve uma oscilação, com uma queda de 51.159 em 2021 para 49.820 em 2024. São Paulo, o estado com maior número de vigilantes, experimentou uma queda de 158.430 em 2021 para 149.817 em 2024, mas ainda segue sendo o maior contribuinte da região.

No geral, a região Sudeste teve uma leve recuperação em 2024, após uma queda nos anos anteriores.

Tabela 10 – Vínculos Ativos de Vigilantes | Região Sul (2021–2024)

Na Região Sul, o número de vínculos ativos de vigilantes variou de 78.652 em 2021 para 77.375 em 2024, com uma recuperação em 2024 após uma queda em 2022.

No Paraná, o número de vigilantes aumentou de 25.761 em 2021 para 26.322 em 2024. Rio Grande do Sul apresentou uma redução, de 31.954 em 2021 para 27.325 em 2024, mas com uma recuperação após 2022. Já Santa Catarina teve um crescimento constante, indo de 20.937 em 2021 para 23.728 em 2024.

Em geral, a região Sul experimentou um leve aumento nos números em 2024, apesar da queda observada em 2022.

Tabela 11 – Evolução dos Vínculos Ativos por Tipo de Empresa | Brasil (2015–2024)

A tabela apresenta os dados sobre vínculos ativos de vigilantes no Brasil entre 2015 e 2024, divididos entre empresas especializadas e orgânicas. O total de vínculos ativos caiu de 631.028 em 2015 para 530.914 em 2024, com uma queda acentuada em 2020, seguida de recuperação em 2024.

As empresas especializadas apresentaram uma queda contínua, de 579.003 em 2018 para 505.862 em 2024. Já as empresas orgânicas tiveram uma variação menor, com uma redução de 25.743 em 2018 para 24.332 em 2024, mas sem grandes flutuações. O maior declínio foi observado em 2020, com uma recuperação gradual até 2024.

Tabela 12 – Perfil dos vigilantes por gênero no Brasil de 2016 a 2022

A tabela apresenta dados sobre o perfil de vigilantes ativos no Brasil entre 2016 e 2022, divididos por gênero. O total de vigilantes variou de 590.895 em 2016 para 597.136 em 2022, com um crescimento notável no último ano.

Os vigilantes do gênero masculino representaram a maior parte, com 521.464 em 2016 e 519.397 em 2022, embora tenha ocorrido uma leve redução entre 2016 e 2021, seguida de uma leve recuperação em 2022. Por outro lado, os vigilantes do gênero feminino apresentaram crescimento constante, de 69.431 em 2016 para 77.739 em 2022, com um aumento significativo em 2022. Esse crescimento reflete a maior presença feminina no setor, especialmente em 2021 e 2022.

Tabela 13 – Perfil de Escolaridade dos Vigilantes – Brasil (2016-2022)

A tabela apresenta a distribuição dos vigilantes ativos no Brasil de acordo com a escolaridade entre 2016 e 2022. O número total de vigilantes variou de 590.895 em 2016 para 597.136 em 2022, com um aumento significativo no último ano. A maior parte dos vigilantes possui ensino médio completo, com um crescimento de 404.032 em 2016 para 462.311 em 2022.

Já os vigilantes com ensino médio incompleto apresentaram queda constante, de 165.498 em 2016 para 107.347 em 2022. O número de vigilantes com ensino superior completo aumentou de 12.518 em 2016 para 18.144 em 2022, enquanto os com superior incompleto também registraram crescimento, indo de 8.847 em 2016 para 9.334 em 2022. Isso reflete uma tendência de maior qualificação no setor.

Tabela 14 – Perfil de Faixa Etária dos Vigilantes – Brasil (2016-2022)

A tabela mostra a distribuição dos vigilantes ativos no Brasil por faixa etária entre 2016 e 2022. O número total de vigilantes aumentou de 590.895 em 2016 para 597.136 em 2022. A faixa etária de 30 a 39 anos foi a mais numerosa, embora tenha apresentado uma queda gradual ao longo dos anos, de 233.968 em 2016 para 193.635 em 2022.

Os vigilantes de 40 a 49 anos tiveram um aumento consistente, indo de 171.512 em 2016 para 212.236 em 2022. A faixa acima de 50 anos também cresceu de 86.838 em 2016 para 125.565 em 2022. A faixa até 29 anos teve uma diminuição constante, mas registrou um leve aumento em 2022, chegando a 65.700. Não houve informações para a faixa etária até 29 anos em 2016 e 2018.

Conclusão Dados Estatísticos sobre os Vigilantes

A análise dos dados estatísticos sobre o perfil dos vigilantes no Brasil entre 2016 e 2022 revela transformações significativas que refletem mudanças tanto no mercado de segurança privada quanto na sociedade como um todo.

O aumento do número de mulheres no setor e o envelhecimento da força de trabalho indicam uma profissionalização crescente e uma maior diversidade na composição dos vigilantes. Além disso, a ascensão de profissionais com maior escolaridade aponta para um setor que se adapta às exigências de um mundo em constante evolução, valorizando habilidades técnicas e estratégicas.

Esses dados são essenciais não apenas para compreender a realidade atual do setor de segurança privada, mas também para antecipar tendências futuras. O perfil dos vigilantes brasileiros está mudando, e é crucial que empresas, órgãos reguladores e profissionais da área se preparem para esses novos desafios.

O futuro da profissão exige uma abordagem integrada, que considere tanto as mudanças no perfil dos vigilantes quanto as novas demandas do mercado de segurança. Com isso, será possível não apenas melhorar a qualidade dos serviços prestados, mas também valorizar o trabalho de vigilância como uma profissão cada vez mais essencial à sociedade brasileira.

Se você gostou do artigo, por favor, deixe um comentário logo abaixo! Não custa nada para você e é extremamente valioso para mim!

Um forte abraço e votos de sucesso!

Autor José Sergio Marcondes

José Sergio Marcondes é um especialista em segurança, graduado em Gestão de Segurança Privada, MBA em Gestão Empresarial e Segurança Corporativa. Certificações CES, CISI, CPSI. Mais de 30 anos de experiência na área de segurança privada. Conecte nas suas redes sociais.

Fonte:

Departamento de Polícia Federal; Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores (Fenavist); Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
(1) Para os anos de 2021 e 2022, os dados correspondem ao mês de março de cada ano. Para 2023, os dados se referem ao mês de junho. Para 2024, a posição dos dados é o
mês de maio.